quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pensamentos pós-quase-férias


Salve salve Presenças!

Depois de duas semanas de quase-férias, voltei com alguns pensamentos. Aos poucos quero compartilhar com vcs aqui no nosso blog Gentileza. Ah, outra coisa, no último sábado gravamos o G3 – Gentileza na TV, programa da equipe de treinamentos especialmente preparado para vcs. Aguardem próximas notícias.

Voltando aos pensamentos soltos (traduzidos em palavras), a primeira coisa que ficou martelando minha cabeça foi a forma como aprendemos. As pessoas me perguntam o que deveriam estudar, ler, assistir para melhorar suas carreiras, projetos, planos, etc. Adoro compartilhar esse tipo de idéia, me alimenta também. Porém, vejo pessoas brigando com si mesmas para assimilar algumas coisas e outras buscando fórmulas mágicas.

Sobre a dificuldade em aprender, penso na motivação em assimilar aquele algo. Todos temos afinidades com determinado assunto e com outras não, isso é humano. E essa afinidade vem do quanto estamos interessados no tema. E o interesse vem da vontade de temos do assunto. A vontade é genuína, não podemos enganar. Por que será que meu primo de 15 anos sabia todas as probabilidades do time ganhar o Campeonato Brasileiro e não conseguia ao menos entender probabilidade simples no
colégio? Interesse, vontade ... enfim, motivação.

Você precisa estar interessado para aprender. O que lhe interessa? Isso é um problema para você resolver. (Por favor, não deixe que ninguém lhe diga o que você gosta.)
Engraçado perceber como a motivação altera o aprendizado. Estava numa sala de aula a alguns meses atrás e me lembro que muitos alunos estavam conversando muito, com pensamentos realmente fora da sala. Incomodado que eu estava, parei de repente e perguntei a um deles o que incomodava. Meio envergonhado o aluno me disse que estavam discutindo a transação milionária do jogador Kaká entre o Milan o Real Madrid. Pronto, ali estava o problema ... e também a solução! Esqueci por alguns minutos da aula e comecei a perguntar o que eles achavam sobre o que tinha acontecido entre os clubes, quais tinham sido os acordos, valores, etc. Aos poucos ia fazendo ligações entre o que me respondiam e a teoria da economia de empresas. Quando eles perceberam, estavam tendo aulas de economia com o interesse raro nos olhos. Por quê? Oras, estavam motivados!

Precisamos aprender a nos auto motivar para aprender mais e estar sempre aprendendo. Precisamos aprender a motivar nossos sócios. E para nos tornarmos verdadeiros lideres, precisamos entender qual nossa real motivação? Seja sincero com você mesmo e diga o que te motiva para ser um líder. Isso basta para voar no seu processo de desenvolvimento pessoal.

Outra coisa que chamou minha atenção foi a busca das pessoas por fórmulas mágicas de aprendizado e liderança. Semana passada tive a oportunidade de assistir palestras no Fórum Global de Liderança em Curitiba. Apenas dois palestrantes, dos 8 que tive a chance de assistir, fugiram do óbvio, do automático. Tenho enorme orgulho de dizer que um deles foi um ex-Rotaractiano e hoje consultor em capital humano, Willian Maccormick.

É absurdo a forma como as pessoas perseguem a liderança através de pacotes prontos, mas no fundo elas sequer refletiram sobre o porquê dessa busca. O que as motiva? Por que a pessoa quer ser um líder? Quer ser líder para ficar rico? Quer ser líder para inflar seu ego? Quer ser líder porque tem no coração uma ferida de um amor passado que não cicatrizou? Quer ser líder para mudar o mundo?

Agora me pergunto: ser líder ... porquê? Mudar o mundo ... porquê?

O que te motiva? Por quê?

Sejamos sinceros. Até o próximo post!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Self Image Rotaractiano - Construção da identidade

O que se tem é que:


Compomos uma juventude com excesso de informação disponível e oportunidades de escolha.


Dialogamos com uma necessidade de satisfação emocional e material.


Somos receptivos: nos deparamos com uma realidade social.


Somos perceptivos: interpretamos esta realidade social como necessitada de transformação.


Somos Expansivos: manifestamos a vontade de atuar nesta transformação e atuamos.


Nossa resposta à realidade que participamos se dá no interior da instituição que escolhemos. Instituição que está aberta à nossa proposta de resposta e possui moldes de atuação definidos ao mesmo tempo.


Por fim, é regida por sucessivos conselhos de âmbitos regionais, nacionais, supra nacionais que manifestam expectativas quanto ao estereótipo de juventude que melhor se encaixa nos fins auto-propostos -

existe um tipo de jovem em quem se apostar para ser o ator da mudança da paz.


Como fazer nossa individualidade se satisfazer com a escolha que fizemos – Rotary Internacional. E fazê-lo de forma a responder à realidade social com a criatividade , sendo jovem motivo de aposta e ator da construção de um mundo de paz social?

Através da adoção de uma identidade zelosa com a identificação natural que estabelecerá com o estereótipo de rotaractiano que será acreditado por todos.


Cultivar a nossa “self-image” é fundamental.


Como assim?


É isso, ser rotaractiano, é, também, lembrar que se representa um tipo específico de juventude em atuação pelo qual se deve zelar, cuja respeitabilidade está nas mãos de cada um dos membros.


Reformular o estereótipo, sem abandono da rebeldia inteligente – privilégio da juventude – ciente da credibilidade que o rotaractiano tem que ter nos espaços em que quer atuar.


Ser rotaractiano é compor uma juventude que objetiva criar uma resposta transformadora da paz social, esta transformação necessita de apostas para atuar e a aposta depende da credibilidade que esta juventude tenha na sociedade.


Porque aquilo que o rotaractiano é de fato fica suspenso no ar. Transita entre o que é para si e o que é para aquele que não é rotaractiano.


A expectativa de estereótipo que se tem do rotaractiano é uma paisagem por de trás do nevoeiro: se vê a forma com exatidão, o preenchimento dessa forma, os detalhes que compõe a paisagem, podem ser aquilo que quisermos.


Imaginemos, Criemos, Transformemos.


Sejamos críticos, no momento de interpretação da realidade e no momento posterior à resposta que damos a ela. Essa resposta, está sendo eficiente, eficaz? Nossa criatividade está em pleno proveito.


Profissionalizemos esta forma de encarar a nossa atuação transformadora.


Nos imaginemos, no recriemos, nos transformemos.


Sempre lembrando que liberdade é liberdade interior - o preenchimento da forma são os detalhes. Estes é que aceitam nossa rebeldia, porque é onde ela cabe e é necessária para transformar a paisagem da realidade em mundo de paz social.


Molde, forma. Qual é a forma da paisagem que vamos construir?


Para isso, para a escolha da forma, propomos 2 cartilhas, princípios de atuação:


A Prova Quádrupla do que pensamos, dizemos ou fazemos:


1 – É a verdade?

2 – É Justo para todos os interessados?


3 – Criará boa vontade e melhores amizades?


4 – Será benéfico para todos os interessados?


A outra cartilha é um convite. Um convite para recriar o estereótipo da rebeldia inteligente, uma nova cartilha criada por nós e que funcione dentro da primeira cartilha.


A quádrupla rotária do senso crítico. Através de uma atitude experimental, uma reflexão do espaço disponível para a aplicação de um anti-hábito.Para sermos o rotaractiano criativo que seja ao mesmo tempo: motivo de aposta, ocupante de um espaço para aplicação da rebeldia, ator da mudança e o desenhista da paisagem transformada em mundo de paz social.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Acupuntura Social: Mudando o mundo com agulhas rotaractianas


Você já pensou em ajudar alguém e não sabia como? Ou pensou que sua passagem por esse mundo poderia ser mais significativa? Você já pensou se mais gente se sente ou pensa assim como você? E ainda, você já sentiu que não pode fazer a diferença?

Essas perguntas vão e vem para milhares de pessoas que tem no coração alguma vontade de ajudar alguém. O que mais tenho percebido pelos lugares onde estive é que o discurso de “fazer a minha parte” nas ações sociais resulta em muita frustração nas pessoas que fazem muito e não mudam nada.

Fica uma sensação de energia desperdiçada depois de uma ação sem resultado efetivo. Ao invés de desistir ou negar a falta de resultado, acredito que a situação pode ser revertida a partir do momento que qualquer ação social, seja ela simples ou de grande complexidade, consiga ser estrategicamente pensada.

O desafio começa no momento em que olhamos os objetivos: eles nunca estão baseados num diagnóstico ou análise prévia da situação. Ou seja, a solução se torna maior e vem antes do problema. Logo, antes de qualquer coisa, um entendimento completo do problema é fundamental. E quando digo entendimento, me refiro a entender as causas das causas do que é aparente. Faça perguntas ao “problema”. Por que isso acontece(u)? Quais são as variáveis que impactam? Entenda o fenômeno que está vendo. Lembre-se que uma dor de cabeça pode ser qualquer coisa, as causas são muito variadas, assim são também dos problemas sociais.

Outra questão é que não basta fazer sua parte. O problema deve ser solucionado ou pelo menos as condições para tal devem ser criadas. Não se pode contentar com uma ação realizada simplesmente. Ela deve ter sido realizada e gerado resultado. Sem resultado a ação não deveria ter acontecido.

Porém, reconhecendo que qualquer um de nós é muito pequeno perante os problemas que afligem nossas comunidades, o que fazer?

Foi com essa frase martelando meus pensamentos que conheci os conceitos da acupuntura. Apesar de ser uma prática milenar, ela é extremamente atual e pertinente para nossa discussão. A acupuntura basicamente busca que pequenas ações tenham grandes impactos. Ou seja, que uma atividade bem pensada pode gerar resultados muito maiores do que se poderia imaginar na vã filosofia.

Por que não pensar assim em nossos projetos?

Foi nessa onda entusiástica de um rotaractiano enlouquecido que comecei a falar da Acupuntura Social. A idéia é distribuir agulhas por todo mundo para que possam organizar pequenas atividades que gerem o maior impacto possível. Cada pessoa que queira fazer parte do movimento deve se comprometer com alguns princípios:

1.) Mais vale um bom diagnóstico na mão do que dois bons projetos prontos voando.

Qual a causa da causa do “sintoma” que é visível? Quais os agentes envolvidos? O que já foi feito para solucionar?

2.) Antes de atirar, mire bem antes.

O que gera mais impacto com menor esforço? Onde nossa contribuição será mais benéfica?

3.) Avalie, avalie e aprenda.

O que deu certo? O que deu errado? O que faremos para corrigir os erros e melhorar os acertos?

A Acupuntura Social não é um projeto, é uma filosofia. Adapte, critique ou faça a sua. Mas, por favor, não ignore seu poder de transformação. Se algo fez sentido para você nas linhas acima, venha fazer parte dessa rede e seja uma agulha da mudança.